Para um bom debate.
Em momento algum apelei para uma lógica da identidade, pois a convicção de base residia na impossibilidade de comparação, pois é impossível comparar algo que em si mesmo é pleno, neste caso, a permanência em si mesma é refutada pela necessidade. Quanto ao argumento materialista, não defendo uma essencialidade da matéria, nem muito menos uma imaterialismo ingênuo. Talvez, a discussão sobre a necessidade de habitarmos na esperança seja a via a ser adotada. Historicamente existiram alternativas que não apelaram para o dualismo. A via da imaterialidade da razão, inclusive, já foi demonstrada em seus fundamentos. Nunca se tratou da verdade, pois a mesma é apenas uma sintoma. Quanto à perfeição ou à imperfeição soam-me demasiado humano, lembram-me os ataques, os lamentos culposos de ser corpo, as concupiscências medievais. A ilusão da memória é um outro problema. Talvez, seria uma condição para pensarmos a permanência, neste caso, quem está apelando para uma identidade não sou eu. Quanto ao inacabamento, concordo com a posição do Decano, porém, sem a ilusão finalista, a menos que estejamos tratando do acabamento da condição humana: a morte. Acabamento neste caso remeteria para o Fim da vida. Prefiro adotar a noção de continuidade, soa-me mais honesta, menos humana: - somos a cada instante a mudança permanente, na ilusão da sua constância. Não se pode confundir as condições de vida com as necessidades humanas. O humano para ser ausentou-se da vida. A vida é um sendo, um bocado de necessidade e destino.
Marcos.
Em momento algum apelei para uma lógica da identidade, pois a convicção de base residia na impossibilidade de comparação, pois é impossível comparar algo que em si mesmo é pleno, neste caso, a permanência em si mesma é refutada pela necessidade. Quanto ao argumento materialista, não defendo uma essencialidade da matéria, nem muito menos uma imaterialismo ingênuo. Talvez, a discussão sobre a necessidade de habitarmos na esperança seja a via a ser adotada. Historicamente existiram alternativas que não apelaram para o dualismo. A via da imaterialidade da razão, inclusive, já foi demonstrada em seus fundamentos. Nunca se tratou da verdade, pois a mesma é apenas uma sintoma. Quanto à perfeição ou à imperfeição soam-me demasiado humano, lembram-me os ataques, os lamentos culposos de ser corpo, as concupiscências medievais. A ilusão da memória é um outro problema. Talvez, seria uma condição para pensarmos a permanência, neste caso, quem está apelando para uma identidade não sou eu. Quanto ao inacabamento, concordo com a posição do Decano, porém, sem a ilusão finalista, a menos que estejamos tratando do acabamento da condição humana: a morte. Acabamento neste caso remeteria para o Fim da vida. Prefiro adotar a noção de continuidade, soa-me mais honesta, menos humana: - somos a cada instante a mudança permanente, na ilusão da sua constância. Não se pode confundir as condições de vida com as necessidades humanas. O humano para ser ausentou-se da vida. A vida é um sendo, um bocado de necessidade e destino.
Marcos.
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