sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sobre o limite e do pipoqueiro.

“Linha de demarcação, raia, fronteira, termo”. Fazer o milho estourar.

A lógica do processo é um rumar em direção a. Para alguns pôr-se a caminho é destinar-se para um melhor. O caminho é um deslocar-se para frente, deixando o que nos impulsiona para trás. O impulsionar é o estado presente do passado. Na extremidade de um caminho encontra-se o limite. O limite carrega uma ambigüidade, pois pode ser o fim, ou o alcançar de um máximo em um exato instante-lugar. A arte da educação é elevar até o limite. Elevar é fazer realizar o possível daquele instante.

Naquele dia, não teve pipoca quentinha; não teve queijinho; nem ‘trás uma pra mim’. O dia em que o pipoqueiro não estava foi a noite do terno e da gravata, da roupa bonita e da bem amada, do brilho no olho, da satisfação de seguir, de ir... Na noite sem pipoca, o estouro soou no romper do limite, do festejar da conquista, do alcançar da meta. Foi o instante em que o ninguém da margem ousou sair.

Por Marcos Vinícius.

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