Para o Márcio. Sobre o coincidir.
Coincidência – incidir. Co-incidir. Incidir é o acontecer de algo em algum lugar, ou o acontecer de algo em algum lugar junto a alguém, ou com alguém. A incidência é o re-velar do que é, porém o re-velar-se do que é dá-se para um alguém, pois o re-velar-se é uma visibilidade. Na visibilidade do re-velar é dado um abrir-se. Há uma grande dificuldade para precisar a condição mesma do re-velar. Em nossa história reflexiva, ora privilegiou-se o sujeito frente ao que se revela como sendo o que é, ora pensou-se o re-velar-se como condicionado pelo sujeito que permite a re-velação. Hoje, pensa-se que o re-velar está fundado em uma anterioridade que o permite, ou que não há distinção entre o re-velar, e as operações que o permitem, supondo que o processo mesmo da re-velação assenta-se em condições que propõem o significado daquilo que se re-vela. Deste modo, o re-velar é tributário das condições objetivas que o permitem, ou da anterioridade que apresente estas condições como próprias para aquele específico re-velar. Porém, se a questão da incidência é de difícil acesso, pois supõe uma série de condições para a sua determinação, imaginem os transtornos, ainda maiores, para a definição da coincidência. Derradeiro é o espanto que surge nas coincidências, pois há neste espanto a suposição tácita que o re-velar mesmo esteja já explicado, pois a noção de coincidência supõe explicado o incidir, não colocando a questão mesma do re-velar. Deste modo, sem a explicação do re-velar, o sentido da coincidência fica sub-repticiamente comprometido. Porém, vamos perseguir as suas condições fenomênicas. A coincidência funda-se em um espanto. O que vige no espanto da coincidência é o assombro do absurdo. O absurdo é o coincidir, uma espécie de impropriedade, uma corrupção da legalidade do re-velar. Na coincidência o re-velar mesmo é assombroso. O assombroso é o pavoroso. O pavoroso é a tradução significativa do medo. O medo é o traço de significação da carência. A carência maior é a morte. Na morte vige o sem sentido mesmo do re-velar no humano. O assombro da coincidência é a re-lembrança da morte. O sentido dado à coincidência é um antídoto para o re-velar do sem sentido, do NADA. Deste modo, não é possível que haja coincidência sem que uma lei que a regule não tenha sido instituída. O sentido da coincidência é, DERRADEIRAMENTE, fruto do desejo de que o re-velar tenha algum sentido para além da sua ininterrupta aparição gratuita.
Coincidência – incidir. Co-incidir. Incidir é o acontecer de algo em algum lugar, ou o acontecer de algo em algum lugar junto a alguém, ou com alguém. A incidência é o re-velar do que é, porém o re-velar-se do que é dá-se para um alguém, pois o re-velar-se é uma visibilidade. Na visibilidade do re-velar é dado um abrir-se. Há uma grande dificuldade para precisar a condição mesma do re-velar. Em nossa história reflexiva, ora privilegiou-se o sujeito frente ao que se revela como sendo o que é, ora pensou-se o re-velar-se como condicionado pelo sujeito que permite a re-velação. Hoje, pensa-se que o re-velar está fundado em uma anterioridade que o permite, ou que não há distinção entre o re-velar, e as operações que o permitem, supondo que o processo mesmo da re-velação assenta-se em condições que propõem o significado daquilo que se re-vela. Deste modo, o re-velar é tributário das condições objetivas que o permitem, ou da anterioridade que apresente estas condições como próprias para aquele específico re-velar. Porém, se a questão da incidência é de difícil acesso, pois supõe uma série de condições para a sua determinação, imaginem os transtornos, ainda maiores, para a definição da coincidência. Derradeiro é o espanto que surge nas coincidências, pois há neste espanto a suposição tácita que o re-velar mesmo esteja já explicado, pois a noção de coincidência supõe explicado o incidir, não colocando a questão mesma do re-velar. Deste modo, sem a explicação do re-velar, o sentido da coincidência fica sub-repticiamente comprometido. Porém, vamos perseguir as suas condições fenomênicas. A coincidência funda-se em um espanto. O que vige no espanto da coincidência é o assombro do absurdo. O absurdo é o coincidir, uma espécie de impropriedade, uma corrupção da legalidade do re-velar. Na coincidência o re-velar mesmo é assombroso. O assombroso é o pavoroso. O pavoroso é a tradução significativa do medo. O medo é o traço de significação da carência. A carência maior é a morte. Na morte vige o sem sentido mesmo do re-velar no humano. O assombro da coincidência é a re-lembrança da morte. O sentido dado à coincidência é um antídoto para o re-velar do sem sentido, do NADA. Deste modo, não é possível que haja coincidência sem que uma lei que a regule não tenha sido instituída. O sentido da coincidência é, DERRADEIRAMENTE, fruto do desejo de que o re-velar tenha algum sentido para além da sua ininterrupta aparição gratuita.
Marcos Vinicius.
Grande Marquinhos, parábens pelo texto e pelo blog...gente escrevendo algo que vale ser lido..depois me explique melhor sobre o revelar, tenho muitas dúvidas...abraço, Wagner
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