quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Para o Hugo e o Francisco – amigos de debate.

Qual é a duração do êxtase do belo? Pode o belo durar além da beleza e na injustiça? O êxtase do belo emerge no encontro com a beleza. Se considerarmos que a duração vincula-se ao encontro, a retirada do sujeito do humor específico roubar-lhe-ia a duração do belo no vislumbre da beleza. Portanto, se o estado de afetação dos sujeitos é a condição para a plenitude do belo no seu encontro com a beleza, qualquer alteração que o suspenda, trará consigo a fuga do belo. Assim, caro amigo Hugo, quanto diante da beleza, resguarde-se do contato com outros modos de afetação, pois os mesmos lhe retiraram a experiência de espanto e gratificação inerente aos fenômenos da beleza. Assim, melhor seria, para a fruição do belo, que não estivéssemos sujeitos às injustiças, que a meu ver, são as maiores responsáveis pela cegueira que se instalou no meio de nós. Suspeito que no humor advindo da injustiça o belo tornar-se-ia impossível, a menos que a maior beleza seja a revolta?

Por Marcos Vinícius.

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