quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sobre o antes - a memória.

O antes se dá na memória. A condição da memória reside no interesse de se instituir um foi. Por interesse consideramos as condições que no instante determinam e demandam a estruturação de uma memória. O dispositivo da memória é um lembrar, o lembrar ultrapassa o esquecer. De alguma forma no lembrar algo de fixo se estrutura, bem como, decide-se por um padrão que se institui no momento em que a memória é estabelcida. Não há um antes aquém de uma memória que o institua como o lembrado, como também, não há um lembrar, sem a supensão constante do esquecer. A questão reside no porquê lembramos ou esquecemos algo, sobretudo, com a certeza que a instância última seja a constituição de um esquecer e ou um lembrar. Tanto o esquecimento como a lembrança são decididos no instante, assim, o antes não é, senão, pelas expectativas fundadas pelo e no instante. Contudo, quais seriam as delimitações das expectativas que exigem e fundam o esquecer e o lembrar? Porém, como posso supor a institição de uma decisão que em si mesma não leve em consideração a sua lembrança, pois, quando se decide por este ou aquele conteúdo não estaria já implicado uma permanência que exgiria a escolha? A permanência já não é, em si mesma, uma memória? A menos que a decisão não parta de um centro, e, sim, por se estabelcer julgamos que seja o centro da decisão. O Estabecer-se dá-se como diferença e repetição.

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