Como um raio virá o amanhã e o depois de amanhã. Como uma luz ascenderá e iluminará o pórtico, do agora. Eis a inscrição: sob o hoje determinar-se-á todas as formas do futuro. O critério deveria ser a exuberância e não a conservação e a permanência de uma forma e de um sentido. Agora, caberá ao presente determinar o futuro. Escapará algo a esta determinação? A manipulação estende-se sobre todas as formas de vida possíveis e assenhora-se do mundo. O artificial far-se-á como não-mais um sonho, mais a divisa, a partir da qual, a totalidade dos seres será subjugada. Pena saber que o critério será conservação e a permanência de um determinado tipo, que no receio dos inimigos, que fariam a espécie ultrapassar a si mesma, como invenção permanente, reduzirá a Terra ao controle total. Caso ocorra agora o possível... A divisa não deveria ser o medo, transposto como a manutenção de condições que tornariam o hiato entre nadas - nós humanos - como o critério decisivo do futuro.Não é de agora que a permanência e o medo são os signatários do destino.
terça-feira, 25 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Tensão.
Como um raio virá amanhã e depois de amanhã. Como uma luz ascenderá e iluminará o pórtico. Eis a inscrição: sob o hoje determinar-se-á todas as formas do futuro. O critério deveria ser a exuberância e não a conservação, a permanência de uma forma e de um sentido. Agora, caberá ao presente determinar o futuro. Escapará algo a esta determinação? A manipulação estende-se sobre todas as formas de vidas possíveis e assenhora-se do mundo. O artificail far-se-á como não-mais um sonho, mais a divisa, a partir da qual, a totalidade dos seres será subjulgada. Pena saber que o critério será conservação e a permanência de um determinado tipo, que no receio dos inimigos, que fariam a espécie ultrapassar a si mesma, como invenção permanente, reduzirá a Terra ao controle total. Caso ocorra agora o possível...
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Para o Plabo.
Como podemos encontrar com algo que não conhecemos? Sempre que algo nos encontra assemelhamos a sua diferença a nossa capacidade de cognição. Assim, mesmo que desejássemos, em nenhuma ocasião encontraríamos com algo que não nos diga respeito. Todos os eventos só são possíveis a partir do horizonte de sentido previamente dado que os organiza como uma possibilidade, eis a condição do sentido. O sentido é uma interpretação. Por interpretação consideramos a expressão de condições vitais. Colorimos o mundo à luz da nossa constituição. A menos que no encontro, algo nos escape, talvez a condição mesma do encontro, pois por mais que organizemos um evento a partir de um sentido a constituição do evento em si mesmo é um escapar, caso não seja isto, o mundo é uma doação de sentido. Contudo com isto não tocamos no que é realmente decisivo: o que nos faz propor o sentido? Há uma essência, ou apenas uma efetivar múltiplo?
terça-feira, 18 de maio de 2010
O encontro.
Havia o céu, a Terra, o olhar, o horizonte, o vento e o gavião. O gavião planava com as suas asas abertas, retorcidas pela exuberância do vento, no seu deslizar suave e lento. Aos poucos as garras, entre cortadas pelo azul, determinavam a sua majestosa forma. O vôo era discreto, pairava no ar como uma pluma, deslizante na imensidão do horizonte. Ao fundo, o toque desconcertante da infinitude das montanhas, no seu verde já amarelado. No chão, com os pés fincados na Terra, quente pelo fulgor do sol, na incandescência amarela, restava o olhar -: invasor do acontecimento.
Por uma definição: o acontecimento é o ocorrer puro e simples; tenso no seu subterrâneo. Do lat., contingere. A harmonia é uma ilusão do olhar.
Por Marcos Vinícius.
Por Marcos Vinícius.
Por Marcos Vinícius.
Por Marcos Vinícius.
Efetivar-se e a imitação.
Há pelos menos dois tipos de efetivação. Partindo da supeita da afetação como a condição mesma do que se é, pode-se delinear tipos ou modos de afecção. Por tipos ou modos compreende-se os processos de sujeição. Por sujeição compreende-se os espaços de conflito, próprios aos processos dinâmicos da força. Por força comprende-se o operar do mesmo que se expressa como o que é. O que é reproduz-se infintamente no aqui e no agora. Pensar-se como um campo dinâmico de forças é tomar-se como vontade. A caráter intrínseco da vontade é o chocar-se. Deste modo, no choque sujeita-se ou se é sujeitado. Em um pensar tático as condições de sujeição reverberam como o constituir-se em si no intermédio do outro. Um molde que vem atona como possível. Moldar-se é determinar-se pelo sentido dado na sujeição, incorporada ao efetivar próprio. A imitação é um modo de afecção que faz realizar um modo de ser do próprio como possível. O possível torna-se próprio no dinamismo do encontro, do combate. Sem a oposição não se revelaria o possível do próprio.
Marcos Vinícius.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Sobre o antes - a memória.
O antes se dá na memória. A condição da memória reside no interesse de se instituir um foi. Por interesse consideramos as condições que no instante determinam e demandam a estruturação de uma memória. O dispositivo da memória é um lembrar, o lembrar ultrapassa o esquecer. De alguma forma no lembrar algo de fixo se estrutura, bem como, decide-se por um padrão que se institui no momento em que a memória é estabelcida. Não há um antes aquém de uma memória que o institua como o lembrado, como também, não há um lembrar, sem a supensão constante do esquecer. A questão reside no porquê lembramos ou esquecemos algo, sobretudo, com a certeza que a instância última seja a constituição de um esquecer e ou um lembrar. Tanto o esquecimento como a lembrança são decididos no instante, assim, o antes não é, senão, pelas expectativas fundadas pelo e no instante. Contudo, quais seriam as delimitações das expectativas que exigem e fundam o esquecer e o lembrar? Porém, como posso supor a institição de uma decisão que em si mesma não leve em consideração a sua lembrança, pois, quando se decide por este ou aquele conteúdo não estaria já implicado uma permanência que exgiria a escolha? A permanência já não é, em si mesma, uma memória? A menos que a decisão não parta de um centro, e, sim, por se estabelcer julgamos que seja o centro da decisão. O Estabecer-se dá-se como diferença e repetição.
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