Do lat. gustus. Imerso nas papilas gustativas. No gosto expressa-se a totalidade do sentir, pois no gosto apresenta-se a condição mesma do afetar-se. Para sentir o gosto é necessário estar disponível para sentir. Só há gosto quando há o sentir. Tocamos a insondabilidade do sentir no gosto de fruta, de picolé, de feijão, de maracujá, de sal, de açúcar, de gelo, de x.., No gosto pairo no mais puro sentir. A imposição de valores não invalida o sentir, apenas o proíbe de expressar-se, entretanto, o gosto permanece. No gosto sou boca. A boca abre-se, contrai-se, esfrega o intruso nas suas cavidades. O esfregar é a essência do gosto. No gosto, o algo que toca deixa o seu rastro. No gosto habita o vivo.
Por Marcos Vinícius.
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