Pensava, outrora, se haveria alguma região em que o reino das trocas não invadiria. Estava enganado. Com a hegemonia do mercado de trocas, absolutamente, nada, tem valor em si. O capital compra tudo, da agulha ao foguete, do perdão ao amor. Afinal, em um mundo mediado pela troca, valor em si não há. Venceu o Visa, o Mastecard.
De Marcos para o Daniel.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Sobre os limites da linguagem.
Chove: verdadeiro ou falso;
Não chove: verdadeiro ou falso;
Chove ou não chove: sempre verdadeiro.
O solteiro está casado: sempre falso.
Não chove: verdadeiro ou falso;
Chove ou não chove: sempre verdadeiro.
O solteiro está casado: sempre falso.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
O que seria de nós sem as idiossincrasias - Para Marcos Eduardo
As construções aqui expressas não tocam o sentido do real, tentam, teimosamente, desmascarar os nossos desejos de sentido, sobretudo, aqueles fundados em idiossincrasias tomadas como verdades ou a verdade. Em momento algum trata-se do acesso à verdade e sim de expectativas fortes de sentido. Talvez as construções expressariam, apenas, problemas de linguagem, ou mera expectativa de sobrevivência. Exporei as criticas em proposições:
1 – A dor é um fenômeno real.
1.1 – A condição da dor é o sentir.
1.2 – A condição do sentir é o estar vivo.
1.3 – Faz parte da vida, então a dor.
2 – A dor é uma composição específica de sentido.
2.1 – A composição do sentido esgota-se na sua expressão.
2.2 – A organização da expressão funda-se em condições inerentes ao próprio sentir.
2.3 – O próprio do sentir é o viver.
2.4 - Faz parte do viver a composição específica que é a dor.
Deste modo, a dor é um fenômeno real do sentir e habita a condição mesma do vivo. Porém, nos humanos a organização do sentir enquanto dor é indagada. A presença da dor, como expressão de uma determinada possibilidade de sentir, é signo do quê? Se há dor, faz sentido a existência? Há dor por quê? Potencializando a pergunta: se há dor, e a dor pode incidir em qualquer um, em qualquer circunstância, poderia a sua incidência ser tomada como signo de um aprendizado, ou do resgate de um erro? Poderia a dor ser fruto de uma escolha, de um ato deliberado com fins ao aprendizado? Qual é o sentido da dor se incide sobre um inocente? A dor sobre o inocente pode ser fruto da escolha do mesmo, ou ser expressão de uma troca, com fins a um aprendizado? Neste momento entra em cena a noção de sofrimento, pois a dor passa a ser vista como uma ação que incide sobre alguém com fins a purificá-lo, puni-lo ou melhorá-lo, afinal, qual é a plausibilidade racional desta compreensão?
1 – O sofrimento é resultado da escolha deliberada da dor, realizada, antes mesmo da ocorrência da dor. Neste argumento tanto a incidência da dor como a sua realização seriam resultado da escolha do sujeito que se coloca no lugar do sofredor. Compreende-se este ato como resgate de um erro originário ou como ganho de compreensão frente ao fenômeno mesmo do sentir. Pois do ponto de vista desta análise, os sujeitos ou estão apreendendo, ou resgatando algum erro com fins ao aprendizado. O sofrimento seria um modo de aprender, de melhorar as condições da sua experiência. Neste caso específico o sofrimento seria parte de um sentido maior e se esvairia na interpretação final. A dor e o sofrimento seriam expiados pelo fim que é a evolução, como também, pulverizar-se-ia a ideia do mal, compreendido como um fim em si, sobretudo, a incidência do sofrimento sobre o inocente, pois não haveria um inocente em si, e muito menos alguém que deliberadamente faça alguém sofrer, pois se o fez, não sabia que o fazia, logo, a ignorância passa a ser a justificação do sofrimento sobre um inocente, sendo a recuperação, o receber, por escolha, o reenvio no sofrimento. A justiça, ou o equilíbrio entre a vítima e o carrasco dar-se-ia, quando, em um futuro plausível, viessem a comemorar o seu aprendizado em um estágio superior de compreensão.
Seria a dor signo do sofrimento? Ou o insondável da dor reside na sua eficácia em transtornar o sentido? Não seria a dor um indizível, expresso, apenas, em um grito. Deste modo, ou a dor é um modo de expressão ou não é. Penso que mesmo sendo sem sentido a dor é, e enquanto tal, justifica-se. Não é necessário, e nem tem de ser possível, que a dor seja compreendida com um sistema de signos, fundado em uma expectativa de recompensas e retribuições. Talvez, a necessidade de justiça ou moral não seja capaz de atribuir a dor desejos que lhe sejam extrínsecos, pois a dor é a expressão mesma do viver, sendo o viver condição última de avaliação, logo, para avaliá-la deveríamos saltar a nossa própria sombra. Sem mais delongas, a dor é, enquanto é, expressa o viver, na sua singularidade.
Marcos Vinícius.
1 – A dor é um fenômeno real.
1.1 – A condição da dor é o sentir.
1.2 – A condição do sentir é o estar vivo.
1.3 – Faz parte da vida, então a dor.
2 – A dor é uma composição específica de sentido.
2.1 – A composição do sentido esgota-se na sua expressão.
2.2 – A organização da expressão funda-se em condições inerentes ao próprio sentir.
2.3 – O próprio do sentir é o viver.
2.4 - Faz parte do viver a composição específica que é a dor.
Deste modo, a dor é um fenômeno real do sentir e habita a condição mesma do vivo. Porém, nos humanos a organização do sentir enquanto dor é indagada. A presença da dor, como expressão de uma determinada possibilidade de sentir, é signo do quê? Se há dor, faz sentido a existência? Há dor por quê? Potencializando a pergunta: se há dor, e a dor pode incidir em qualquer um, em qualquer circunstância, poderia a sua incidência ser tomada como signo de um aprendizado, ou do resgate de um erro? Poderia a dor ser fruto de uma escolha, de um ato deliberado com fins ao aprendizado? Qual é o sentido da dor se incide sobre um inocente? A dor sobre o inocente pode ser fruto da escolha do mesmo, ou ser expressão de uma troca, com fins a um aprendizado? Neste momento entra em cena a noção de sofrimento, pois a dor passa a ser vista como uma ação que incide sobre alguém com fins a purificá-lo, puni-lo ou melhorá-lo, afinal, qual é a plausibilidade racional desta compreensão?
1 – O sofrimento é resultado da escolha deliberada da dor, realizada, antes mesmo da ocorrência da dor. Neste argumento tanto a incidência da dor como a sua realização seriam resultado da escolha do sujeito que se coloca no lugar do sofredor. Compreende-se este ato como resgate de um erro originário ou como ganho de compreensão frente ao fenômeno mesmo do sentir. Pois do ponto de vista desta análise, os sujeitos ou estão apreendendo, ou resgatando algum erro com fins ao aprendizado. O sofrimento seria um modo de aprender, de melhorar as condições da sua experiência. Neste caso específico o sofrimento seria parte de um sentido maior e se esvairia na interpretação final. A dor e o sofrimento seriam expiados pelo fim que é a evolução, como também, pulverizar-se-ia a ideia do mal, compreendido como um fim em si, sobretudo, a incidência do sofrimento sobre o inocente, pois não haveria um inocente em si, e muito menos alguém que deliberadamente faça alguém sofrer, pois se o fez, não sabia que o fazia, logo, a ignorância passa a ser a justificação do sofrimento sobre um inocente, sendo a recuperação, o receber, por escolha, o reenvio no sofrimento. A justiça, ou o equilíbrio entre a vítima e o carrasco dar-se-ia, quando, em um futuro plausível, viessem a comemorar o seu aprendizado em um estágio superior de compreensão.
Seria a dor signo do sofrimento? Ou o insondável da dor reside na sua eficácia em transtornar o sentido? Não seria a dor um indizível, expresso, apenas, em um grito. Deste modo, ou a dor é um modo de expressão ou não é. Penso que mesmo sendo sem sentido a dor é, e enquanto tal, justifica-se. Não é necessário, e nem tem de ser possível, que a dor seja compreendida com um sistema de signos, fundado em uma expectativa de recompensas e retribuições. Talvez, a necessidade de justiça ou moral não seja capaz de atribuir a dor desejos que lhe sejam extrínsecos, pois a dor é a expressão mesma do viver, sendo o viver condição última de avaliação, logo, para avaliá-la deveríamos saltar a nossa própria sombra. Sem mais delongas, a dor é, enquanto é, expressa o viver, na sua singularidade.
Marcos Vinícius.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Sobre a delícia de se sentir.
Chaga. Do lat. plãga. Ferida, lesão. Invadido, submetido, marcado por intermédio de algo ou alguém. Purulento, amarelado na curvatura do osso, sangrado. Fétido, putrefato, apodrecido no e pelo tempo. Marca a exposição da carne ao que fere, revela o ferido. Habita na chaga o sentir.
Marcos Vinicius.
Sobre o Lula e a lula.
Invisível – quem nunca é visto não é lembrado. “Quem não se faz ver ou ouvir será esquecido”. Um velho adágio grego.
Rio - Lula comerá lula na abertura das Olimpíadas em 2016? Certamente. Eta nordestino esperto.
Rio - Lula comerá lula na abertura das Olimpíadas em 2016? Certamente. Eta nordestino esperto.
Marcos Vinícius.
sábado, 3 de outubro de 2009
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