Os pássaros incautos caminham na
experimentação, rumo aos mergulhos profundos na sua solidão. Distantes estão
das seguranças benfazejas da manutenção daquilo que se constrói na narrativa
sobre si mesmo, do afeto de mando que os formou em uma dada hierarquia de
impulsos. A tensão que os configura leva-os aos limites da afirmação da inalienável
pulsão caótica que os abriga, no seu jogo infantil de ir e vir, de criar e
destruir. A tensão se mantém. Novas vozes pretendem impor-se na pletora de
dizeres possíveis, afinal, o seu vôo descreve imersões em silêncios, em
distanciamentos fabulosos do si mesmo que pretende manter o modo de ser do seu
voar. Abrigar-se na distensão sobre si mesmo marca os pássaros incautos. Na
distância e no afrontamento da unidade habitam. Conjugam prazer e dor no limbo
que expressa o seu plainar indefinido. Decisivamente
a distância os faz voar...
quarta-feira, 4 de julho de 2012
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