terça-feira, 8 de maio de 2012

Para aquém da distância...

Quando distante estamos para aquém do modo de se dar como possível, para onde? Não há um movimento prévio que antecipa as decisões do caminho. Para aquém repousa a possibilidade de tornar-se, ultrapassando o limite dado em uma forma. A cristalização da forma coaduna com a certeza da manutenção de um risco, de uma linha que se planifica na ossatura de um território. Dar-se no aquém é estabelecer-se no fora da experiência. O fora dá-se no aquém que se projeta para além da forma. No fundo habita-se o improvável do ido. Quando diante do ido dá-se na fissura do que brota do aquém da forma. Para além e aquém do que se cristalizou na experiência da forma: dar-se como um corpo que se projeta na projeção de mundos possíveis. Verter-se em mundo, dar-se como uma gota de orvalho e de chuva... Se partirmos de um ontologia não haverá distinções entre o mundo dos afetos e das ações. O agir como um modo de expressão dos afetos... Habitar na forma é dar-se como um sempre que se realiza como um mesmo, porém para aquém da forma, há o que dura, o que se mantém na variação  infinita de si mesmo.