Quando distante estamos para aquém do modo de se dar como possível, para onde? Não há um movimento prévio que antecipa as decisões do caminho. Para aquém repousa a possibilidade de tornar-se, ultrapassando o limite dado em uma forma. A cristalização da forma coaduna com a certeza da manutenção de um risco, de uma linha que se planifica na ossatura de um território. Dar-se no aquém é estabelecer-se no fora da experiência. O fora dá-se no aquém que se projeta para além da forma. No fundo habita-se o improvável do ido. Quando diante do ido dá-se na fissura do que brota do aquém da forma. Para além e aquém do que se cristalizou na experiência da forma: dar-se como um corpo que se projeta na projeção de mundos possíveis. Verter-se em mundo, dar-se como uma gota de orvalho e de chuva... Se partirmos de um ontologia não haverá distinções entre o mundo dos afetos e das ações. O agir como um modo de expressão dos afetos... Habitar na forma é dar-se como um sempre que se realiza como um mesmo, porém para aquém da forma, há o que dura, o que se mantém na variação infinita de si mesmo.
terça-feira, 8 de maio de 2012
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